sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PRESENÇA REDUZIDA

Com mercado sempre garantido, a carreira universitária nas profissões consideradas masculinas passa a ser considerada por um número cada vez maior de mulheres, mas ainda com restrições: mulheres ainda são unanimidade em algumas áreas da saúde, como Enfermagem, Nutrição e Psicologia, aonde a proporção feminina chega a 100% nas universidades.
Micheli Seleme é uma das poucas mulheres que passam pelas salas de aula dos cursos de exatas das universidades brasileiras. Formanda do curso de Engenharia de Telecomunicações da Universidade do Contestado (UnC), ela é a primeira mulher a se formar no curso em Canoinhas e, na sala repleta de homens, apenas mais duas mulheres a fazem companhia. O interesse pela área surgiu ainda no colégio, quando os celulares começaram a se popularizar e a internet também começou a ganhar corpo no País. “Eu sempre fui muito curiosa e queria saber o que estava por trás das coisas, como tudo funcionava”, diz.
Aos 16 anos, Micheli entrou na faculdade de engenharia e teve de batalhar por seu espaço em meio à maioria absoluta de homens. “No começo eu tive resistência mesmo dentro do curso, mas com o tempo a situação melhorou e hoje não existe mais”. Com mercado de trabalho aberto para a profissão, Micheli pretende arriscar construir uma carreira em uma cidade maior, com uma resposta pronta para quem demonstrar preconceito contra a “invasão” feminina. “Se você mostrar competência, independente de ser homem ou mulher, você vai ser reconhecido”.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), independente de executar as mesmas funções que os homens, as mulheres ainda recebem cerca de 10 % a menos que os colegas do sexo masculino.

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